• As pessoas que iniciam tratamento para a EM após três anos do início dos sintomas têm maior probabilidade de agravamento da incapacidade (dificuldade em andar) mais cedo, por comparação com os que iniciaram tratamento no prazo de um ano;
• Com o tempo, os danos no cérebro podem acumular-se e dar origem a sintomas que podem conduzir ao agravamento da incapacidade;
• Sem tratamento, as pessoas com EMSR têm um maior risco de evoluírem para EMSP.
No início da doença, o cérebro pode encontrar formas de compensar parcialmente as células nervosas danificadas (neurónios). Desta forma, é possível repor a comunicação entre o cérebro e o resto do corpo.
O cérebro também tenta lidar com a perda de células nervosas reparando a mielina, um processo que se denomina por remielinização. Estes mecanismos de reparação podem mascarar os sintomas, o que faz com que algumas pessoas possam ficar sem diagnóstico e sem tratamento nas fases iniciais da doença.
À medida que envelhecemos, o cérebro encolhe gradualmente. Este processo denomina-se por atrofia cerebral ou perda de volume cerebral. Decorre normalmente do envelhecimento e nas pessoas com EM ocorre de forma mais rápida.
Embora o corpo tente reparar o revestimento de mielina protetor dos neurónios danificado na EM, este processo de reparação está longe de ser perfeito. E, à medida que o tempo passa, começa a ser insuficiente para evitar mais danos nos neurónios. As áreas com danos tornam-se mais extensas e o resultado da acumulação de danos pode resultar em atrofia cerebral.
À medida que a EM evolui, partes do SNC podem começar a ficar definitivamente bloqueadas. Nesta fase a incapacidade pode piorar ao longo do tempo, com ou sem surtos, e a situação evolui para uma EM Secundária-Progressiva (EMSP).
1. National Multiple Sclerosis Society. Types of MS. https://www.nationalmssociety.org/What-is-MS/Types-of-MS
2. National Multiple Sclerosis Society. Secundary Progressive MS. https://www.nationalmssociety.org/What-is-MS/Types-of-MS/Secondary-progressive-MS