É crucial saber distinguir entre os diferentes estados de espírito que todos vamos experimentando no dia a dia do que é a depressão, uma doença que requer tratamento. Por vezes, sentimo-nos mais em baixo, tristes e sem grande interesse para fazer o que quer que seja, mas essa sensação é passageira e acaba por se resolver por si só. Na depressão isso não acontece. Para que perceba a diferença entre os diferentes estados de espírito, há duas questões fundamentais que deve colocar a si próprio:
1. Nas últimas duas semanas, sentiu-se em baixo ou deprimido?
2. Nas últimas duas semanas, teve pouco interesse ou prazer em fazer as coisas?
Agora pense bem na resposta e saiba que a depressão é persistente e incessante – com sintomas que duram pelo menos duas semanas e às vezes até vários meses. É uma condição séria, diagnosticada por um profissional de saúde, que se caracteriza por sintomas como:
• Tristeza e/ou irritabilidade;
• Perda de interesse ou prazer nas atividades diárias;
• Perda de apetite ou aumento do apetite;
• Distúrbios do sono - insónia ou sono excessivo;
• Agitação ou lentidão no comportamento;
• Fadiga;
• Sentimentos de inutilidade, frustração ou culpa;
• Problemas de memória ou de concentração;
• Pensamentos persistentes de morte ou suicídio.
Se a resposta às duas questões acima é afirmativa e se identifica com alguns destes sintomas, pense seriamente em abordar o seu estado emocional na próxima consulta com o neurologista ou enfermeiro de EM. Pode ser depressão e se assim for, quanto mais depressa iniciar um tratamento, mais depressa poderá recuperar o seu controlo e bem-estar emocional.
1. National MS Society. MS Symptoms. Depression. https://www.nationalmssociety.org/Symptoms-Diagnosis/MS-Symptoms/Depression
2. National MS Society. Programs and Services. Programs Discover The Invisible Pain and Depression in MS. https://www.nationalmssociety.org/Programs-and-Services/Programs/Discover-The-Invisible-Pain-and-Depression-in-MS
3. Feinstein et al. The Link Between Multiple Sclerosis and Depression. Nat Rev Neurol. 2014 Sep;10(9):507-17.